quarta-feira, 8 de junho de 2011

̶P̶á̶t̶r̶i̶α̶?̶


É complicado escrever sobre nacionalismo, principalmente quando nem a minha opinião a respeito é formada. Mas alguns pensamentos me fazem não querer formar esta opinião. Vejamos... Na visão de um cidadão de classe alta é interessante e culto ter orgulho da nação, fato. Pois é um país lindo, não é verdade? Aqui há ilhas de morrer (literalmente, pois hoje, as ilhas pertencem aos bilionários que se consideram, por meio de um pedaço de papel, donos dessas riquezas, tente navegar ao redor de uma dessas ilhas para ver!), animais de todas as espécies (inclusive o ser-humano ganancioso), plantas e árvores (que hoje, são cortadas por lucro), não é incrível?! É complexo escrever sobre o Brasil, mas pra quê escrever a respeito, se, até poucos meses, tínhamos um presidente semi-analfabeto? Presidente... Outro assunto que quero incluir, já está na hora de todos saberem que quem nos governa NÃO é o presidente, ele REPRESENTA a palavra dos engravatados de Brasília, o que é pior, pois a palavra deveria ser do povo, já que, o nosso(a) presidente é apenas representante.
   Mas como não somos Alice e não vivemos no país das maravilhas (risos), vale incluir que aqui quem trabalha pelo povo é Deus (desculpa entrar em religião). Pois enquanto pedimos ajuda ao Senhor, os “engravatados” estão no exterior comprando aparelhos eletrônicos e negociando armamento com os EUA. Ter orgulho da Pátria em um país que crianças pedem esmolas nas ruas, mendigos dormem nas calçadas do Centro (até então, a beleza da cidade)... É realmente difícil. Mas aí veio uma teoria que ouvi de um neonazista uma vez: “Mas não sinto orgulho do que há de errado, apenas amo o país onde nasci, e não o trocaria por outro”. Vale ressaltar que esse neonazista era “podre de rico” e recebia mesada da Alemanha.
   Eu não sou capaz de sentir orgulho de uma nação cujas injustiças ocorrem estampadas em nossa face, mas somos cegos e não conseguimos enxergar; eu não tenho orgulho em escrever uma matéria e ser censurada simplesmente porque citei o nome do Bolsonaro em um ARTIGO DE OPINIÃO, onde, até então, não há censura; e para completar, eu não sinto orgulho em saber que MUITAS famílias morreram contra uma ditadura militar, duas guerras mundiais, numa luta contra a república e que HOJE os jovens - que deveriam ter mais conhecimento, pois possuem em mãos tecnologia à isso – nem sabem o significado desses títulos! Não tem como me orgulhar disso... Desculpe-me pela frieza, mas o nosso país é miserável. É revoltante ouvir de um político de extrema direita que a solução para esses jovens burgueses e alienados, que só pensam em etiqueta, em cabular aula pra dançar funk, seria um governo liderado pelo exército brasileiro. Aquele mesmo exército que é corrupto, que pisa nos mendigos e atiram nas crianças de rua. Chega a ser nojento ouvir isso! Mas é claro que vão conseguir uma 2ª ditadura, afinal, o povo não acorda. Há sim, pessoas que estão com vontade de lutar contra isso, mas a polícia aponta uma arma na cabeça de um filho, de um pai, quem vai reagir? Eu não vou...

   A minha esperança jamais morrerá, mas a esperança não existe sem a força de vontade! Unidos contra o fascismo!

   “Eu posso não concordar com o que comentarão a respeito deste texto, mas defenderei os direitos de expressá-los”.