quinta-feira, 17 de junho de 2010

Iηførмαçãø cøмø αrмα ρrα αçãø - Cøηŧrα α døмiηαçãø.

         
Não é raro hoje vermos nos discursos de pessoas que se dizem libertárias e estão inseridas no meio underground falas contra a prática do estudo e também do trabalho, com o argumento de que se manter as margens é se manter o mais distante possível deste sistema que não queremos. Será que estar as margens é mesmo negá-lo ou é reforçá-lo se colocando exatamente no lugar que nos foi designado pela população dominante?
Contrariando a definição de Max Weber de Estado e a forma legítima e exerce sua dominação, no dia-a-dia podemos observar que além da coerção pela força física há meios ideológicos e simbólicos de exercer dominação/poder. A falta de informação é uma delas.
Sejamos simples e diretos:
É comum que em uma roda de amigos quando se fala sobre qualquer assunto aquele que não tem conhecimento do que se trata fica fora da conversa, sem ter o que dizer e ainda mais, fica passivo, em posição de acreditar naquilo o que é dito, pois não tem informação que conteste ou que coloque em dúvida. É esse o mesmo mecanismo que aparece na formação da sociedade. Nossos intelectuais e especialistas nos deixam de fora das decisões retendo a informação, nos negando as ferramentas do questionamento e da ação. Através desse mecanismo é que temos a formação do senso comum, tantas vezes erróneo, e deixamos nossas vidas nas mão de especialistas, deixando de ocupar posições que nos são negadas, sem termos opção de escolha.

Concordo com o argumento de que a população dominante estrutura suas instituições de forma que se reproduza a estrutura social estabelecida a todo o momento. É deste fator que temos a precarização do ensino público e da cultura de massa. É por isso que temos que saber ser questionadores e procurar ter conhecimento das mesmas informações que esta população dominante, pois só conhecendo a estrutura social e seu funcionamento podemos subvertê-las e construir algo diferente, não nos deixando controlar e ocupando posições diferentes daquelas que nos foram reservadas.

Vitória é injetar informação no desinformado e auto-estima no derrotado...” (Chico Xavier do Gueto- Facção Central)

Salud y Anarquia, que não nos falte forças para lutar!

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